quarta-feira, 17 de abril de 2024

Ric Hochet - "O Jornalista Detective" - André-Paul Duchâteau / Tibet


Ric Hochet
"O Jornalista Detective"
Argumento: André-Paul Duchâteau
Arte: Tibet
Páginas: 192
Álbum: Edições Devir

Este álbum da série Os Clássicos da Banda Desenhada", que tem dedicado grande atenção aos "comics" norte-americanos dedicou também alguns números à banda desenhada franco-belga, como sucede com o célebre repórter Ric Hochet do jornal "La Rafale", que surgiu pela primeira vez em Portugal nas páginas do Cavaleiro Andante com uma aventura de quatro páginas, que se irá tornar histórica, porque Tibet irá depois deixar a Europa e partir para o então Congo Belga e só quando regressar, alguns anos depois, irá retomar a personagem com novos traços e fisionomia bem diferente, surgindo nas páginas da revista Tintin (edição portuguesa) com essa famosa aventura no Havre, em que iremos descobrir nesse guarda-fatos do herói, as célebres camisolas de gola alta de diversas cores e um enorme conjunto de casacos iguais.

André-Paul Duchâteau
(1925-2020)

Este álbum das Edições Devir incluiu os seguintes álbuns:

- Os Espectros da Note / Les spectres de la nuit.
- Investigação no Passado / Enquete dans le passé.
- Inimigo Através dos Séculos / L'ennemi à travers les siècles.
- O Escândalo Ric Hochet / Le scandale Ric Hochet.

Tibet
(1931 - 2010)

Estas quatros histórias tem um arco temporal criativo de dez anos (1971 - 1981) e revelam-nos a verdadeira magia que sempre acompanhou as aventuras de Ric Hochet, não só pelo traço inconfundível de Tibet (Gilbert Gascard, de seu nome), mas também dos fabuloso argumentos de André-Paul Duchâteau, que também se dedica à escrita de policiais conseguindo transpor para as bandas desenhadas de Ric Hochet a emoção e o suspense que sempre celebrizaram o romance policial, sendo numa das histórias deste álbum bem patente um final típico dessa grande escritora chamada Agatha Christie, quando Ric Hochet reúne os suspeitos numa sal (seguindo as pisadas de Poirot) e decide desvendar o mistério e o criminoso perante os presentes, que terão todos um ar muito pouco inocente.

Este álbum de formato mais reduzido do que é habitual nos álbuns de banda desenhada, cumpre com o grafismo e as cores, apresentando uma folha de entrada para cada álbum, para além de nos oferecer um ensaio sobre o herói e os seus criadores, que infelizmente não surge assinado, mas cuja leitura se recomenda.

Rui Luís Lima

1 comentário:

  1. André-Paul Duchâteau o argumentista e criador de Ric Hochet, ao longo da sua vida foi também responsável por inúmeros romances policiais.

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