terça-feira, 7 de maio de 2024

Valerian - “Em Terras Fictícias” / "Embaixador das Sombras" - Pierre Christin / Jean-Claude Mézières


Valerian
“Em Terras Fictícias” / “Sur les Terres Truquées”
"Embaixador das Sombras" / “L’ambassadeur des ombres
Argumento: Pierre Christin
Arte: Jean-Claude Mézières
Colecção: Valerian nº.4
Páginas: 102
Asa / Público

Mais uma vez a criatividade do argumentista Pierre Christin irá surpreender os aficionados da banda desenhada, ao lançar Valerian nos “corredores” da História, em busca de um ser que navega no passado do Planeta Terra, após se ter infiltrado nos arquivos de Galaxity, como se tratasse de um jogo que pode afectar o curso dos acontecimentos ao alterar o passado e para descobrir este estranho ser que se interessou pela História do Planeta Terra, Valerian será clonado e enviado em missão para os mais diversos teatros históricos, mas com o decorrer dos acontecimentos Laureline começa a ficar preocupada com este “jogo” e quando chega a essa inenarrável carnificina conhecida como a Primeira Guerra Mundial, fica tão irritada com o desenrolar dos acontecimentos, que se vira para a historiadora que a acompanha e informa: estou-me borrifando para o vosso século xix da treta!... rica coisa as vossas esplêndidas reconstituições: a conquista das Índias é colonialismo! A Inglaterra de Gladstone, ou sei lá de quem, é imperialismo! A América da corrida para o Oeste é capitalismo! Quanto à Primeira Guerra Mundial, vão até lá fora e já vão ver do que se trata mesmo!”

Jean-Claude Mézières
(1938 - 2022)

Estamos perante uma das mais enigmáticas e fascinantes aventuras de Valerian e Laureline, que termina em Paz, com os nossos heróis no famoso quadro de Pierre-Auguste Renoir “Le Déjeuner des canotiers”. Simplesmente Maravilhoso!

Valerian & Laureline

Na aventura “O Embaixador das Sombras”, o protagonista é a bela Laureline, em busca de um Valerian desaparecido, que aqui surge como uma personagem secundária, enquanto o argumentista Pierre Christin nos oferece uma outra personagem, onde deposita o seu olhar sobre o poder monetário, através das mais diversas divisas espaciais que navegam na Galáxia e onde percebemos que tudo se compra, só é necessário termos os meios monetários para a respectiva aquisição. Por outro lado, também nos ensina que por vezes as belas palavras dos dirigentes espaciais escondem ideias bem belicistas.

Pierre Christin
(1938)

"O Embaixador das Sombras" revela-se um álbum de banda desenhada bem visionário, nele descobrimos os Mercados (com os seus homens sem rosto) e o Populismo (com os seus dirigentes bem visíveis), simplesmente genial!

Rui Luís Lima

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